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Júlia tem algumas coleguinhas que ainda choram ao entrar para a escola.

Ela particularmente, NUNCA, jamais, em hipótese alguma, never, chorou por este motivo.

Eu resolvi questioná-la:

- Júlia, por que sua coleguinha estava chorando?

- Porque ela fica querendo a mamãe dela. Ela fica com saudades da mãe.

- E você? Você não fica com saudades de mim não? Você não chora.

- Sabe, mãe? Eu fico com muita saudade, mas eu sei que você vai me buscar todo dia e quando eu fico com muita, muita saudade eu fecho os olhos e imagino que você está do meu lado, juntinho de mim.



Ela não chora, eu sim.
Tenha certeza, minha filha, que estarei sempre pertinho de vocês, ainda que não fisicamente.



Hoje teve festinha de aniversário de uma coleguinha de escola. Em uma brincadeira o animador da festa questiona as crianças o que elas querem ser quando crescerem.


Surgem muitas profissões: médica, cantora, babá, cabelereira...

Lívia pensou, pensou e respondeu: “Quero ser princesa”

Arrancou gargalhadas do público que assistia.

Quando chegou a vez da Júlia outra resposta inusitada estava por vir: “Quero ser mãe” e completou puxando o microfone do entrevistador de um só bebê, porque criança dá muito trabalho”.

Novamente gargalhadas do público.

E eu? Naquele momento eu só queria ser a mãe daquelas duas ali na minha frente. ADORO!

Lívia agora não só já escreve seu nome como também o soletra de uma maneira toda particular:


"Pauzinho sobe e vira               = L

Pauzinho                                 = I

Pauzinho desce e sobe             = V

Outro pauzinho                       = I

Pauzinho sobe, desce e ponte   = A"


Agora as letrinhas aparecem em todos os lugares, nos cantinhos dos desenhos do dever de casa, nos brinquedos, escritas com água no box do banheiro ...
Pauzinhos descem, sobem, viram, fazem ponte e escrevem LÍVIA.

E não mais que de repente, nossa menina começa a "juntar letrinhas".


É engraçado, estranho, emocionante. Como pode ser possível? Ela nem sabe pronunciar direito a letra Y, vez em quando ainda escreve um número ou outro de forma espelhada, ainda "ontem" estava descobrindo as letras que formavam seu nome, ainda “anteontem” conhecia o mundo pela primeira vez.

É engraçado, estranho, mas sobretudo emocionante. Ela está crescendo e não vai tardar para começar ler livros de adolescentes, escrever cartas de amor, ou melhor, digitar e-mails, resolver questões de física atômica...

Sei que tudo isto faz parte do vai e vem da vida, não é nenhuma grande proeza, mas nem por isto vou deixar de me emocionar e nem de acreditar que tudo isto é um pequeno/grande milagre que Deus nos proporciona todos os dias.

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