
É triste ver um filho chorando, ainda mais triste quando se trata de situações pelas quais a gente não pode protegê-los.
Deu vontade de explicar para ela que existe uma grande diferença entre “colegas” e “amigos”. Falar que amigos de verdade não nos fazem chorar e que não vale a pena sofrer por quem não nos dá valor.
Deu vontade de dissertar sobre a existência da ingratidão e que não devemos esperar muito das pessoas para não nos magoar.
Queria explicar que isto tudo faz parte do crescimento, quando a gente descobre que o ser humano é imperfeito, que pessoas podem nos magoar e que a decepção é acompanhante de quem tem bom coração.
Deu vontade de chorar junto com ela.
São crianças. Apenas crianças, entretanto sofrem e fazem outras sofrer.
Hoje foi mais um daqueles dias em que a gente descobre que por maior que seja nosso amor, não podemos impedi-los de sofrer. Hoje foi mais um daqueles dias que só pude oferecer meu colo, meu abraço e minha oração para que o caminho delas seja o mais leve possível e que as desilusões sejam superadas dentro de um abraço apertado e um sorriso amigo.
Vai passar, tudo passa e com crianças esta premissa parece ser ainda mais contundente. Para mim, vai demorar mais um pouco, mas também vai me fortalecer para poder ajudá-las a enfrentar outras possíveis situações que estejam por vir.
Que Deus nos dê sabedoria!
O que fazer quando um filho sofre?
A maternidade não nos traz manual com estas respostas.
Hoje a Júlia chorou. Foi a dor do crescimento, da mágoa, da decepção.
Quisera eu poder impedi-la de sofrer e explicá-la que "tudo, tudo passa".
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