Mas será que uma mãe brincalhona é mais mãe do que aquela que muitas vezes pela rotina cansativa e estressante não tem tanto pique para brincar assim com os filhos? Será que aquela que é mais preocupada com a alimentação dos filhos é mais mãe do que aquela que nunca teve bons exemplos de hábitos alimentares? Ou será que aquela mãe carinhosa é mais mãe do que aquela que não consegue expressar todo o amor e carinho que sente, quem sabe até por algum problema emocional?
Pois é, dizer que uma mãe é mais ou menos mãe chega a ser, ao meu ver, injusto. Todas as dores e alegrias da vida, desde a infância, vão ajudar a definir você como mãe. Mas isso não diminui ou aumenta, não melhora ou piora sua capacidade de amar incondicionalmente um filho.
Dizem que a mãe nasce junto com a criança. De fato! Mas a mulher não. E tudo, tudo o que foi vivido não será apagado a partir do nascimento da criança. E a nova mamãe, salvo raras exceções, se doará ao máximo para criar seu filho, da melhor maneira possível.
Lamento ao ver pessoas compararem mães. Ou julgarem as escolhas delas, porque ninguém sabe o que passa dentro do coração de cada uma. Por isso sempre gostei muito da música Epitáfio dos Titãs que diz: “Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração.”
E acredito que é justamente por conta deste amor monstruoso (no sentido da grandeza) que as escolhas maternas se tornam tão difíceis. Mais difícil ainda é julgar essas escolhas. Quer um exemplo? A mãe que escolhe ficar em casa para cuidar dos filhos é por amor. Se ela escolhe trabalhar fora também é por amor. E quem pode dizer o que é certo ou errado em escolhas baseadas em amor?
A maternidade é um mundo extremamente dinâmico e cheia de escolhas e decisões que podem ter consequências pela vida inteira do filho. E ao mesmo tempo, é um mundo que pode não te oferecer escolhas e talvez o único caminho a ser seguido, não é bem o que você queria.
Aprender a respeitar os diferentes pontos de vista é benéfico não somente com as outras mães, mas com a gente mesmo. Ficar tranquila diante de suas escolhas, mesmo que estas sejam diferentes do restante das mães do mundo, torna a maternidade mais gostosa, simples e feliz.
A mim, basta a consciência de que não sou a melhor mãe do mundo, mas sou a melhor mãe que eu posso ser.
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